14 de setembro de 2011

Perguntas e Respostas sobre o PARTO NORMAL

1. Quais os benefícios de um parto normal para a mulher? A grande vantagem é que não se trata de uma cirurgia propriamente dita, com vários cortes e suturas. Portanto, o risco de infecção e hemorragia é menor. Pelo mesmo motivo, a recuperação no pós-parto é melhor. O parto normal também favorece a amamentação, porque dispara uma enxurrada hormonal, avisando o organismo que é hora de começar a produzir leite. Isso sem contar que a relação entre mãe e filho tende a se estabelecer mais cedo, já que a mulher participa ativamente do nascimento.

2. E para o bebê? Estudos mostram que a criança respira melhor, se ela nasce via vaginal. Isso porque, ao passar pelo canal de parto, o pequeno tórax sofre uma compressão que ajuda a expulsar o líquido de dentro dos pulmões. E isso facilita suas primeiras respirações fora do útero, diminuindo o risco de infecções. Por esse motivo, aliás,o risco de o bebê nascer com o chamado desconforto respiratório é maior nas cesáreas.

3. Quais as grandes contraindicações para um parto normal? Quando há desproporção entre o diâmetros da cabeça do bebê e o da bacia da mãe, se a mulher sofre de cardiopatias graves ou se há sofrimento fetal e materno agudos. Em outros casos, a contraindicação é relativa – e aqui estamos falando nas doenças capazes de levar à baixa oxigenação do bebê durante o parto, como hipertensão arterial materna e pré-eclâmpsia grave.

4. Bebê grande impede o parto normal? Se a bacia da mãe for incompatível, isto é, muito menor, sim.

5. Bacia estreita impede o parto normal? Se o bebê for grande, sim. 

6. Depois de ter um filho por meio de cesárea, o segundo pode nascer de parto normal? A mãe que já sofreu uma cirurgia não precisa obrigatoriamente passar por outra. Mas deve-se avaliar cuidadosamente o risco de ruptura do útero, uma das principais contraindicações para o parto normal nessa situação. O importante sempre é o seguinte: opção pela via de parto vai depender das condições tanto da mãe quanto do bebê. 

7. A possibilidade de parto normal é descartada quando a gravidez é de gêmeos? Aqui a possibilidade de um parto normal está ligada à posição do segundo bebê. Se o primeiro estiver encaixado e o segundo atravessado na cavidade uterina, em geral o médico opta pela cesárea. Aqueles com vasta experiência em parto natural, no entanto, estão habilitados a fazer manobras que reposicionam o segundo bebê , descartando a necessidade da cirurgia.

8. Quais as possíveis complicações de um parto normal? As mais comuns são hemorragias, infecções e problemas na progressão do trabalho de parto.

9. E como preveni-las? O sangramento excessivo, principalmente logo após o nascimento do bebê, pode ser prevenido com um parto bem conduzido, capaz de evitar lesões e lacerações no canal de parto, além da correta expulsão ou retirada da placenta. Quando o problema é causado por uma falha na contração do útero, o uso de drogas específicas pode evitar verdadeiras catástrofes hemorrágicas.

10. Como é o pós de um parto normal? Ele exige apenas cuidados com a região perineal em termos de assepsia. A mulher será orientada a lavar a cicatriz da episiotomia com água e sabonete durante o banho.

11. É verdade que muitos partos normais podem levar à incontinência urinária? O parto normal – ou vários partos normais, que sejam – são apenas um dos fatores que levam ao problema. Há outros aspectos envolvidos, como o estado da musculatura. A própria gestação libera hormônios que a deixam mais flácida. Então, em tese, até quem passou por uma cesárea pode ter incontinência por causa da gestação. O problema do parto normal é quando ele é mal conduzido, durando mais do que o necessário, o que deixa o assoalho pélvico fragilizado.

12. Há como prevenir esse problema? Um bom pré-natal e um parto bem conduzido são capazes de afastar o risco de incontinência urinária.

13. Por que alguns médicos esperam até a 42ª semana? E por que outros não? A gestação compreende 40 semanas. Ao passar desse prazo, chegando perto das 42, ela já está se prolongando demais. No final da gravidez, a placenta envelhece e deixa de cumprir bem sua função de levar nutrientes e oxigênio ao bebê. Daí que, nessa fase final, a necessidade de controlar as condições da mãe e do filho é muito maior.

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