21 de fevereiro de 2011

Shantala - Massagem para Bebês

 “Através do toque, cria-se um vínculo ainda maior entre a mãe e a criança, que recebe carinho e aconchego, fica mais segura e se adapta melhor e mais rápido ao novo ambiente”.

(Alessandro Danesi,
pediatra do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo)

Essa massagem para bebê ficou conhecida no Ocidente durante a década de 1970, quando o obstetra francês Frédérick Leboyer passeava pelas ruas de Calcutá, na Índia, e viu uma moça paraplégica, que se chamava Shantala, massageando seu filho. Ele ficou encantado com o ritual de harmonia e ternura entre os dois e voltou ao local onde ela estava por vários dias para fotografar a sequência de movimentos. Ao retornar à França, o médico publicou o livro Shantala: Uma Arte Tradicional, Massagem para Bebês (Editora Ground), traduzido para o português em 1976.

Com o nascimento do bebê, o que as mamães e os papais têm de mais precioso com ele é o toque, pois é através desse ato que a criança irá conseguir perceber o mundo externo que ele está após o nascimento e poderá sentir todo amor e carinho transmitido pelos pais.
A Shantala como qualquer outra massagem específica para os bebês, irá trazer benefícios para ambos: filhos e pais. Com a massagem podemos acalmá-lo, evitar cólicas, gases, doenças, nascimento dos dentes, insônia, melhora a digestão, aumento do poder sensorial e da ligação afetiva.

Já para os pais, os benefícios da massagem feita irá trazer a confiança em lidar melhor com o bebê, aumento da leitura dos sinais, além de dar a possibilidade de conhecer melhor o corpo do seu bebê, unindo mais os laços familiares. Uma boa hora para se fazer a shantala é antes do
banho, pois o banho completa o relaxamento e retira o excesso de óleo terapêutico do bebê.  

O pediatra Alessandro Danesi, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, diz que a técnica já pode ser empregada desde os primeiros dias do recém-nascido. Para que entre na rotina do bebê, a terapeuta Veena Mukti orienta que a shantala seja praticada diariamente. O horário fica a critério da mãe, desde que a criança não esteja com sono, com fome ou chorando muito. Também é desaconselhável começar uma sessão logo depois da mamada. É importante esperar pelo menos meia hora depois que o bebê mamou no peito ou uma hora, se ele tomar mamadeira – tudo para evitar que o pequeno regurgite.
Vale reservar um tempo só para a shantala, de modo que a mãe não seja interrompida e possa seguir o passo-a-passo da técnica até o fim. Só a interrompa para atender às necessidades do bebê – um xixi, por exemplo. “Se for uma pausa rápida, é possível continuar do ponto onde se parou. Se forem mais de dez minutos, o ideal é recomeçar”, orienta Veena.

Se o bebê estiver gripado, com febre ou outro sintoma, a prática deve ficar suspensa. Caso ele durma, deixe a massagem para outro momento. Especialmente no verão, se a pele dele estiver sensível ou com brotoejas, evite a massagem e o uso de óleo.

Como a criança deve ser massageada sem roupa, cheque se o ambiente está aquecido, com uma temperatura agradável, principalmente no inverno. E aqueça as mãos em água morna antes de tocá-lo.

O toque é firme, de modo que a mãe sinta a musculatura do bebê, mas a intensidade precisa ser confortável para os dois. O óleo vegetal puro – prefira os de farmácias de manipulação – ajuda a esquentar as mãos e facilita o deslizamento pelo corpo da criança.

Para as crianças que têm refluxo, é sempre bom colocar uma almofada sobre as pernas da mãe para que a cabecinha não fique tão baixa. Além disso, procure se proteger com uma fralda – afinal, quando o bebê relaxa, o intestino tende a funcionar.

O estado emocional de quem aplica a shantala influencia o bem-estar do pequenino. Por isso, em dias tensos, a sugestão é que, antes de pôr as mãos à obra, a mãe tome um banho relaxante, respire fundo e fique em silêncio.

Existem muitos vídeos na Internet que descrevem a técnica, porém o ideal seria que procurasse um especialista, afinal é do seu filho que estamos falando.

Nenhum comentário: