26 de outubro de 2011

O dia do seu nascimento

Hoje acordei ansiosa, afinal há uma semana atrás, quando estava com 38 semanas comecei a sentir uma dor abdominal e então procurei o médico. Era uma segunda-feira, dia 17 de outubro. Ele constatou que eu estava com 3cm de dilatação e informou que se continuasse tendo contração acreditava que até o próximo domingo ela nasceria. Foi uma semana de muita ansiedade. As contrações ficavam cada vez mais espaçadas e assim o nascimento da minha filhinha também se adiava. Chegou domingo, e ela não nasceu. Comecei a ficar preocupada. Foi uma semana muito difícil. Não dormi e nem me alimentei direito. Fiquei em alerta 24 horas por dia. E junto comigo toda a família. Não me deixavam sozinha e a cada telefonema que eu fazia as pessoas se sobressaltavam.
Dessa maneira no dia 24 de outubro de manhã estava no consultório do médico junto com meu marido. Durante a consulta o obstetra observou que a dilatação só havia aumentado 1cm. Diante da minha ansiedade e estresse vivenciado na ultima semana ele decidiu dar um “empurrãozinho”. Descolou a bolsa gestacional (que dor!!) e disse que a Giovana nasceria em até 24 horas. Me orientou que quando tivesse contrações de 5 em 5 minutos me dirigisse ao hospital.
Sai assustada do consultório. Finalmente chegou o dia de carregar minha pequeninha nos braços, mas estava com medo! Medo de como seria até a hora dela nascer. Mas estava sendo amparada pelo Fê que estava entusiasmadíssimo.

Quando foi por volta das 15 hs as contrações começaram a acontecer de 5 em 5 minutos... e então fomos para o hospital. Minha mãe nos acompanhou. Ligamos para meu pai, minha irmã e para os pais do Fê.
Chegando ao hospital fui examinada por uma enfermeira e depois internada. Infelizmente não havia quarto disponível e tive que ficar na enfermaria do PA. Um lugar pequeno, macas uma ao lado da outra, separadas apenas por cortinas. Não vou descrever tudo o que se passou neste local, basta saber que fiquei neste lugar por cerca de 5 horas a espera de uma vaga num quarto. A dor aumentava a cada hora. Durante todas as horas que estive ali tentei me concentrar no nascimento da minha filha, foi o que me poupou emocionalmente, o que me fez me desligar de tudo o que acontecia ao meu redor.
Finalmente no quarto, já era 21:35hs... o médico entra no quarto e me revela que não poderia mais esperar o parto normal, teríamos que fazer uma césarea, pois não estava havendo evolução e a Giovana poderia entrar em sofrimento fetal, uma fez que seus batimentos cardíacos já estavam acelerados. Com lágrimas nos olhos e um aperto no peito fui para o centro cirúrgico. As coisas não estavam acontecendo do jeito que eu imaginei... Os procedimentos pré-cirúrgicos foram rápidos, quando me dei conta já estava anestesiada. Lembro que o Fê entrou na sala e logo ouvimos um choro forte e ardido! Novamente as lágrimas escorreram, mas dessa  vez foram de alegria!

O relógio marcava 22:02hs e a enfermeira anunciou pesa 2.930kg e 47 cm. A emoção foi enorme!  Quando a enfermeira me apresentou a pequena Giovana enroladinha no cobertor senti algo que jamais havia sentido na vida! Um sentimento muito bom, indescritível...

Na sala de pós parto contava os minutos para rever aquela carinha tão linda que tinha visto apenas alguns segundos... após 3h eu estava no quarto com o Fê. Em seguida trouxeram nossa filhinha. Apesar da hora (cerca das 2hs da madrugada) meus pais e meus sogros ainda estavam lá. Eu e o Fê decidimos que seria melhor minha mãe ficar comigo durante a noite. A noite passou rápido e na manhã seguinte o Fê ficou comigo até o horário da visita. A pequena Gi estava muito bem! Dormiu a maior parte do tempo. Todos que vieram visita-la a acharam linda!!
Eu sou suspeita em falar, mas ela era linda mesmo... infelizmente só  pude cuidar dela quando estava em casa. Eu sentia muita dor. As horas em trabalho de parto que antecederam a cirurgia resultaram em dores abdominais que se somaram a dor do corte da cesárea e aos incômodos comuns desse tipo de cirurgia. A segunda noite foi tensa. Nossa filhinha chorou de cólica quase a noite toda no colo do seu pai. Eu não conseguia levantar da cama sem auxílio, o Fê conseguiu dar conta de nós duas. Tenho muito orgulho dele, não sei se outra pessoa no seu lugar se sairia tão bem. Amo muito esse homem!
Graças a Deus tivemos alta no dia 25 as 20hs. Assinei um termo de compromisso que voltaria ao hospital na sexta para fazer o teste do pezinho da Giovana e fomos para casa dos meus pais.
Em casa as coisas foram bem melhores...

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